O mês de janeiro é movido pelo o sentimento de motivação para a maioria das pessoas. Alguns traçam até metas quanto à saúde física; academia e emagrecimento, porém a saúde mental às vezes é esquecida. Apoiando a campanha nacional do Janeiro Branco, mês dedicado aos cuidados da saúde mental, a equipe multidisciplinar do Centro Integrado de Atenção ao Servidor Público do Estado do Piauí (Ciaspi), realizou uma palestra sobre o assunto, além de apresentar um folder explicativo sobre a campanha.

 

De acordo com o psicólogo, Ikaro Sales, o objetivo é lembrar as pessoas de cuidarem não apenas da saúde física, mas também da mental, encorajando-as a terem um maior cuidado com o bem-estar psíquico.

“O movimento Janeiro Branco se apresenta como uma oportunidade para abordarmos os desfechos negativos em saúde mental, haja vista ao fato de incidirem de modo importante sobre o público assistido aqui no Ciaspi. Nossa proposta é identificar, analisar e desvigorar o impacto dos fatores de risco relacionados às condições de vida e de trabalho deste público”, afirma.

 

O médico do trabalho e ortopedista, Dr. José Carlos, que também esteve auxiliando nas orientações, alertou sobre alguns pontos a serem observados entre eles a Síndrome de Burnout, caracterizada por estresse excessivo e crônico provocado por sobrecarga de trabalho.

“Esta síndrome apresenta alguns sinais antes de se tornar mais grave, ou um quadro depressivo, exigindo um tratamento mais demorado. Isso pode acontecer desde o relacionamento com os amigos de trabalho como também o convívio familiar. A dificuldade em lidar com o outro, cansaço exagerado, pensamentos autodestrutivos, tristeza, ansiedade e entre outros fazem parte desses sinais”, comenta.

 

Entre os ouvintes presente esteve o professor de matemática, Orlando Silva, que leciona em três escolas do Estado, para ele as orientações ampliou a visão sobre o tema.

“Eu sinto isso na pele porque tenho irmão que sofre com isso. Isso é de suma importância até porque a gente sofre muito isso em sala de aula. Imagine nós como professores de matemática que têm um conhecimento reduzido sobre o tema, além de lidar com alunos que tem esse problema e tomam remédios”, relata.

 

As orientações foram realizadas no formato do projeto Sala de Espera, local onde fica a recepção e fluxo de servidores ao atendimento. A enfermeira Rayana Leal, que também é responsável por essa atividade, acredita que ações simples de educação em saúde podem impactar favoravelmente nos hábitos de vida dos servidores.

“Queremos com esse projeto torna a Sala de Espera um ambiente crítico-reflexivo e que possibilite a aproximação dos servidores com os profissionais de saúde e estimule o autocuidado”, confirma.

 

O projeto Sala de Espera visa desenvolver ações educativas, de caráter preventivo e promoção de saúde, aos servidores públicos do Estado durante o tempo de espera para realização da Perícia Médica.  

 

*As fotos de todo o evento estão em nossa Galeria

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Autor: André Bastos